De acordo com Ana Gomes, os números falam por si: "nos 191 Estados-Membros da ONU, apenas 7 mulheres são Chefes de Estado e 8 Chefes de governo. Entre 91 altos cargos das Nações Unidas, apenas 9 estão confiados a mulheres, e dos 107 Chefes de Delegações da UE em países terceiros, só 7 são mulheres".
No Relatório que elaborou, a eurodeputada socialista propõe que "se vá para além da análise dos números" e "se meça a influência real das mulheres na governação, na resolução de conflitos e na determinação da agenda política internacional". Depois de proceder a uma avaliação da implementação das Resoluções 1325 do Conselho de Segurança da e 2025 do Parlamento Europeu, Ana Gomes avança com uma série de recomendações dirigidas aos Estados -Membros da União Europeia – e neles, em especial, aos partidos políticos – e também às instituições comunitárias e a organizações internacionais como a ONU.
Das propostas formuladas, destaca-se o apelo a todos os governos europeus e a todas as instituições comunitárias "para que apresentem o nome de uma candidata por cada candidato proposto para preencher um lugar na UE (como representantes especiais da Política Europeia de Segurança e Defesa), assim como a nível internacional, especialmente nas Nações Unidas". Ana Gomes insta ainda os partidos políticos a estabelecerem "um limiar mínimo de 40% e um limiar máximo de 60% ao nível da representação dos dois sexos nas suas listas de candidatos a órgãos políticos colectivos, a fim de garantir a paridade".
Registe-se que, no âmbito da discussão das propostas do Relatório, Ana Gomes promoveu esta semana, em Lisboa, a Audição Pública "Mulheres Portuguesas em Missões Internacionais". A iniciativa teve lugar no Centro Europeu Jean Monnet e contou com a participação do Ministro da Defesa Nacional, Nuno Severiano Teixeira.
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